Projeto do TJBA pretende inserir jovens detentas ou que já cumpriram pena no mercado de trabalho
Um projeto piloto está sendo desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) para inserir adolescentes e jovens, cumpridores de pena e de medidas sócio educativas, em vagas destinadas a aprendizes em empresas baianas de médio e grande porte.
Conforme determina a Lei 10097/2000 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), essas empresas tem por obrigação disponibilizar uma cota de vagas para serem ocupadas por adolescentes aprendizes.
O projeto do TJBA, integrado ao Começar de Novo – para ressocialização de egressos do sistema prisional, pretende incluir nessas vagas, já existentes nas empresas, egressas e detentas de penitenciárias femininas, além de familiares de detentas. "A decisão de incluir os familiares é porque geralmente com a prisão das mães esses jovens ficam desassistidos", avalia Maria do Socorro Frerichs, representante do Começar de Novo do TJBA.
Nesse primeiro momento o Projeto pretende priorizar o público feminino, mas jovens egressos ou em cumprimento de medidas sócio educativas também serão incluídos.
Para que sejam inseridos no Projeto, esses jovens precisam ter entre 18 e 24 anos e preencher os requisitos de escolaridade exigidos pelo Programa Jovem Aprendiz (matrícula e frequência escolar nos ensinos fundamental e médio ou técnico).
O TJBA vai fazer um mapeamento desse público no Estado e formar turmas para cursos de treinamento. Inicialmente os cursos serão de costura e em Recursos Humanos (RH). Depois de treinados, esses jovens e adolescentes serão disponibilizados para serem contratados com carteira assinada com contrato de Jovem Aprendiz regido pela CLT.
São parceiros do Projeto, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a Defensoria Pública da Bahia, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC), o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do TJBA.